Veneza e as suas cores garridas
- jessicafilipasantos
- 25 de jan.
- 2 min de leitura
Pintura. Seria a palavra que eu escolheria para descrever Veneza.
Não são novidade para ninguém, os canais repletos de gôndolas e o som de fundo de conversas alegres - não posso negar, a beleza do tom italiano parece cantar em cada recanto.
Mas este primeiro texto sobre a viagem a Itália, é sobre um pouco mais do que isso, é sobre a minha (nossa, ou não fosse o meu namorado também o meu companheiro preferido de viagens) experiência.
Chegámos a Veneza já de noite e mal saímos da estação de comboios, as palavras pareceram desaparecer por completo.
A cidade já quase silenciosa recebeu-nos com uma brisa fresca e à nossa frente, uma ponte toda iluminada, com pontuais barcos atracados, levemente movidos pela agitação da água.
Seguimos pelas ruas estreitas de piso irregular, atravessámos várias pequenas pontes e chegámos ao nosso destino: numa amorosa entrada de vários prédios, centrada por flores, estava a nossa casa por dois dias – Hotel Amor Mio.
E finalmente, o descanso pelo qual tanto ansiávamos, depois de horas fechados em transportes públicos.
De longe, o local onde tomámos o melhor pequeno-almoço e onde fomos melhor recebidos. Já para não dizer que cada pormenor do alojamento era pensado e bonito.
Depois de uma boa noite de sono e como dois verdadeiros turistas, colocámos as mochilas às costas, a máquina fotográfica a postos e lá fomos nós, conhecer Veneza de uma ponta à outra.
Quando saímos do hotel, a cidade já fervilhava. As ruas repletas de pessoas de todas as partes do mundo, que se perdiam a olhar para os canais e para as montras das lojas, maioritariamente de máscaras e de objetos feitos de vidro de Murano.
Passámos a grande ponte para o outro lado da cidade e foi por lá que almoçámos, horas mais tarde, num pequeno café/restaurante, ao som de rock antigo, tão alegremente irreverente como o próprio espaço.
Depois de uma caminhada infinita, a observar casas em tons amarelos, laranjas e ocre, cujas paredes terminavam em cores verdes, junto à água, a combinar com as portadas das janelas; bancadas de frutas e flores nos largos; e diversos edifícios com uma arquitetura pitoresca… Ao final do dia, já não aguentava as costas, as pernas ou os pés de tanto palmilhar, mas valeu a pena cada minuto.
No segundo dia, voltámos a passar a ponte grande de pedra, para visitar um sítio muito especial, marcado nos pontos da viagem como imperdíveis - a Libreria Acqua Alta.
Mas este, é um tema sobre o qual vão poder ler na parte das livrarias do blog!
Nas minhas memórias preferidas desta primeira parte da viagem, guardei o passeio de gôndola, a livraria, as cores de todos os edifícios, as floristas espalhadas pelas praças, a Ponte dos Suspiros, o fim de tarde para lá da Piazza San Marco e claro, o aperol spritz.
Sem dúvida, que vamos guardar a “Rainha do Adriático”, como uma memória bonita.
Jéssica Filipa Santos
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