Uma livraria em Londres e uma história de amor, que termina de forma inesperada.
Uma viúva inglesa e uma judia alemã, cujas vidas coligam.
Um exército de mulheres corajosas e de homens incansáveis, em momentos de desespero.
A calma antes da tempestade, o nevoeiro da guerra e a luz no mar sereno, depois do caos.
Gosto de histórias que têm a capacidade de me entreter mas de me envolver também.
E no decorrer destas páginas, sente-se o livro a escurecer com o desenvolver da guerra e, do dia a dia das personagens.
E os que cá ficaram?
Penso que seja a pergunta mais presente. Foram (…) “Pessoas banais que viviam em tempos extraordinariamente difíceis e que faziam a diferença através de pequenas iniciativas e uma enorme coragem” (….) pág. 282.
Um livro de livros. Uma história clara de como os livros e o amor podem salvar vidas e recordar outras, em alguns dos momentos mais obscuros da humanidade.
“Na ausência de um lugar físico como última morada, a dedicatória no livro foi o tributo que Hedy fez à sua família” pág. 349
Este é, para mim, um livro que não tem o típico final feliz, mesmo tendo. Uma história amorosa, tão reconfortante como alarmante - numa frase oferece-nos o mundo e, no parágrafo seguinte, rouba-nos o chão debaixo do pés.
Histórias de vida que se cruzam numa livraria, que foi destruída e reconstruída (assim como essas vidas) e, um livro cativante, a aconselhar.
⭐️⭐️⭐️⭐️
- Jéssica Filipa Santos
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