Review "Corte de Asas e Ruína"
- jessicafilipasantos
- 10 de fev.
- 3 min de leitura
( É claro que vêm spoilers a caminho)
A guerra. Finalmente a guerra.
E é assim que este livro começa – com o vislumbre de memórias de Rhys, de cerca de 2 anos antes da Muralha.
O momento em que ele procura os irmãos no meio do caos, que é o silêncio de um campo de batalha e, que nos indica o seu fim.
Se ainda se recordam, no livro anterior ficámos no regresso de Feyre à Corte da Primavera.
Mas estava longe de imaginar a discórdia que esta seria capaz de plantar, em cada canto em que passava.
Com a sua inocência doce, espelhada em pinturas que já nada refletiam a sua personalidade e, com comentários perfeitamente arquitetados.
Neste terceiro livro da minha nova saga preferida, conhecemos mais personagens (algo que na verdade, todos os livros nos trazem), como os desprezíveis gémeos Dagdan e Brannagh, sobrinhos do rei de Hybern.
Mas voltamos também a encontrar nomes como Jurian – qual será afinal o seu papel no meio de toda esta intriga?
Num interessante jogo de tabuleiro, movido por interesses sombrios, onde todas as personagens se tornam piões, diria que o destaque é dado à Grande Sacerdotisa, ao Tamlin e a toda a sua corte, reduzida a nada quando Feyre regressa a casa.
Mas voltará ela sozinha? Uma parte das respostas de que vamos precisar, surgem na viagem pelas Cortes de Outono e Inverno.
Num clima de preparação para a guerra e evidente tensão política, assistimos à formação de novas alianças e conhecemos finalmente os outros Grandes Senhores. Contudo, os acordos não são realizados apenas entre fadas, mas com seres antigos como o Entalhador de Ossos, a sua gémea Tecelã ou Stryga e, Bryaxis.
Numa tentativa de ganhar vantagem numa guerra sangrenta, Nesta coloca os seus dons à prova através de adivinhação com ossos e pedras, mas Elain acaba raptada como consequência deste atrevimento. O Caldeirão não perdoa o que esta lhe roubou.
Entre revelações inesperadas de Mor; a despedida do Suriel; a verdade atroz do espelho Uróboro; o apoio dos Serafins (a legião de Dakron) e navios com o povo de Miryam; o regresso de Vassa, a quem chamavam a “Rainha Perdida”, transformada num pássaro de fogo por uma maldição; e a coragem do Príncipe dos Mercadores, este livro é uma montanha russa de emoções.
E no final… a cabeça do rei de Hybern irá rolar, ao serviço da Reveladora da Verdade e pelas mãos de quem eu menos esperaria.
Mas a emoção não acaba aqui – não quando Rhys e Amren têm decisões difíceis a tomar.
E quando tudo termina, restam apenas uma missão e uma pergunta: repensar o Tratado para que este assegure a paz. E onde está afinal Bryaxis?
Os meus momentos preferidos?
Sem dúvida quando o Suriel pede a Feyre “(…) quando deixares este mundo… deixa-o como um lugar melhor do que aquele que encontraste (…)” pág. 488; ou quando o Entalhador de Ossos lhe volta a surgir como um menino.
Mas melhor do que isto e, que no fundo deixa uma porta aberta para os livros seguintes? A realidade sobre os sentimentos de Nesta e Cassian, que se tornam ainda mais claros, quando o último lhe diz “(…) hei-de reencontrar-te, no próximo mundo, na próxima vida. E haveremos de ter esse tempo. Prometo (…)” pág. 586
Não poderia estar mais contente com o desfecho de “Corte de Asas e Ruína”, mas sei que a próxima review que vos vou trazer será ainda melhor – porque o último livro, é nada mais nada menos, do que a história da minha personagem preferida.
Curiosos? Conto-vos tudo sobre a Nesta na próxima semana!
Até lá, boas leituras 😊
⭐⭐⭐⭐
- Jéssica Filipa Santos
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